No dia 25 de abril de 1974, como sabemos, iniciava-se a Revolução dos Cravos em Portugal, que deporia o regime ditatarial portugês conhecido como Salazarismo, então governado por Marcelo Caetano. Os militares que derrubaram o ditador utilizaram a música Grândola, vila Morena, executada numa rádio, como senha para indicar que tudo andava como o planejado.
Como Portugal anda a enfrentar momentos difíceis, e muitas manifestações ocorrem agora por lá, acho que vale a pena lembrar a Revolução dos Cravos, aqui do outro lado do Oceano Atlântico.
Aproveito também e coloco a homenagem de Chico Buarque à Revolução dos Cravos, que foi censurada no Brasil. Primeiro coloco a versão original, que é cantada no verbo no presente, e em seguida a segunda versão, cantada no passado e após o entusiasmo inicial.
Primeira versão:
Segunda versão:
ps.: a letra da música Grândola, vila Morena:
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade